As Maravilhas de Guimarães
Município de Guimarães
Gentílico: Vimaranense; Guimaranense (raro)
Área: 436,85 km2
População: 162 572 hab. (2006)
Densidade Populacional: 669,43 hab. /Km2
Número de freguesias: 69
Fundação do Município (ou foral): 1096 (Conde D.Henrique)
Região: Norte
Sub-Região: Ave
Distrito: Braga
Antiga Província: Minho
Orago: Nossa Senhora da Oliveira e São Gualter
Feriado Municipal: 24 de Junho (Batalha de São Mamede)
Guimaraes - Património Mundial da Humanidade
Largo da Oliveira
O Largo da Oliveira, durante séculos, foi o coração do burgo vimaranense e muitos reis, nobres e priores da Colegiada, ali deixaram gravada, na pedra, a marca da sua personalidade e do seu zelo. É por demais conhecida a história dos monumentos que enquadram este recatado Largo que, em séculos anteriores, viu surgir um acentuado estilo de casas alpendradas, repletas, a partir dos primeiros pisos, de travejamentos de madeira, protegidas a estuque, que o decorrer dos anos foi degradando e obrigando a alterações…
Mais à frente deparamos com o Padrão do Salado, alpendre gótico erguido no reinado de D. Afonso IV para comemorar a Batalha do Salado, em 1340.
O nosso «arco do triunfo» sito também neste Largo, isto é, os antigos Paços do Concelho. Esta construção em arcos teve início no reinado de D.João I, século XIV tendo sido remodelada no século XVII. Actualmente, nos Paços do Concelho funciona o Museu de Arte Primitiva Moderna.
Passando os claustros dos Paços do Conselho, onde se estendiam alguns vendedores de artigos vários, chegamos à Praça de Santiago. Aqui, é crime não se parar numa das esplanadas para se saborear uma bebida ao som de tudo que lá se passa e passou...
Está tudo extremamente bem tratado: por momentos, parece-nos que nos esquecemos que estamos em Portugal, país onde existe a rua mais poluída da Europa, o rio mais poluído da Europa... A cidade parece um brinquedo e nós fazemos parte dela.
Padrão do Salado
O Padrão do Salado foi mandado levantar no ano 1342 pelo nosso Rei D. Afonso IV, para comemorar a participação portuguesa na Batalha do Salado.
É um monumento cheio de beleza, uma abóbada de pedra, apoiada em quatro arcos em ogiva que por sua vez repousam em quatro colunas ou pedestais, lavrados e emoldurados ao gosto romanizante.
Sobre estes arcos ficam aqueles alçados triangulares em forma de cunha ou agulha, que dão ao monumento o aspecto peculiar e interessante que realmente tem.
No vértice dos arcos, as armas do Rei D. Afonso IV, estão gravorizadas em cada uma das paredes.
Maria Adelaide Pereira de Morais refere no livro (Guimarães Terras de Santa Maria) que a meio do Padrão levanta-se um cruzeiro em calcário dourado e poli cromado, oferecido em 1342 por um negociante vimaranense.
Na base do cruzeiro, no lado norte, há um escudo das armas reais portuguesas.
Este padrão foi considerado monumento histórico de segunda classe pela Associação dos arquitectos civis e arqueólogos portugueses em Assembleia-Geral de 30 de Dezembro de1880. Todos os anos, a 14 de Agosto ainda a Câmara aqui celebra a procissão comemorativa da batalha de Aljubarrota.
Antigos Paços do Concelho
Aqui também esteve instalado o Arquivo Colegiada Nossa Senhora da Oliveira desde 14 de Outubro de 1934 até ao ano de 1963.
Igreja de Nossa Senhora da Oliveira
Exteriormente, a portada e o frontão gótico-flamejante são desse período joanino. O frontão é, nem mais nem menos, do que uma sugestão, aliás profunda, do altar de prata, em forma de tríptico, que os portugueses conquistaram aos castelhanos na batalha de Aljubarrota. E no frontão, vêem-se as figuras em vulto de D. João I e da Rainha D. Filipa de Lencastre.
O arco da porta principal, sob este frontão, é de volta e arquivoltas, com ornamentação de bilhetas e rosetas; assenta em três colunas e um cogumelo de cada banda, com capitéis antropomórficos e zoomórficos.
Na cruz terminal do frontão, as armas de D. João I. A torre também não é já a de reedificação de D. João I. Foi começada a levantar pelo Dr. Pedro Esteves e por sua mulher Isabel Pinheira, e concluída, à roda de 1513 por seu filho D. Diogo Pinheiro.
Tem na sua frontaria uma bela janela Manuelina, encimada por um escudo esquartelado de Pinheiros, Lacerdas, Pereiras e Lobos, com a respectiva inscrição. Estas armas foram aqui postas por D. Diogo Pinheiro, administrador desta capela.
A torre divide-se em três andares, separados por frisos, coroada com uma cúpula piramidal, ameada. A sineira é obra do mestre Manuel dos Santos e o relógio foi aí colocado em 1744. Tem duas gárgulas zoomórficas e os cunhais são decorados ao gosto Manuelino.No interior, a igreja é de três naves, separadas por três arcos de volta quebrada de cada lado, com restos de pinturas, quinhentistas talvez, a ouro. Estes arcos assentam em colunas, com colenelos adossados, capitéis antropomórficos, zoomórficos e fitomórficos. Na nave central, o tecto, reconstituído, é de madeira, tal como os das naves laterais.
A capela-mor foi reedificada, entre 1670 e 1682, por mandado de D. Pedro II, desdizendo, portanto, do resto do templo na sua arquitectura. Foi depois reformada no seu arranjo pelo D. Prior, D. Domingos de Portugal da Gama (1770-72). O arco cruzeiro é de volta inteira como os das capelas colaterais, no transepto com um altar-mor rocaille, de duas colunas lisas de cada lado e trono onde está a imagem de Nossa Senhora da Oliveira.
O cadeiral, grades, estuques e varandins nas seis janelas que a iluminam, são ao gosto neo-clássico. O primitivo cadeiral era obra de Gaspar dos reis (1688). Duas grandes telas, atribuídas a Pedro Alexandrino, representam S. Dâmaso Papa e S. Torcato. O tecto é de caixotões, tendo pintado ao centro as armas reais, do monarca reedificador.
O altar e a decoração são neo-clássicos, mas ali se guarda o famoso sacrário indo-português, de prata. Segue-se uma pequena capela baptismal, com restos de azulejos seiscentistas, e a pia barroca. Na pia baptismal que antes viera para aqui, trazida pelo Dom Prior D. Diogo Lobo da Silveira, da igreja de SD. Miguel do Castelo, dizem fora baptizado D. Afonso Henrique, pelo que nela se mandou gravar a inscrição: «Nesta pia foi baptizado El Rei D. Afonso Henriques pelo Arcebispo S. Giraldo no ano de 1106».
As Muralhas de Guimarães
A Condessa Mumadona irá doar o Mosteiro em 968 e o castelo que, desde 950 até 957, mandara edificar no monte Largo para sua protecção e do burgo nascente que, entretanto o ia envolvendo. Tratar-se-ia nessa época de um castelo “Roqueiro”, constituído por uma estrutura possivelmente de pedra solta e madeira que preenchia as falhas da Coroa rochosa que pontuava aquela eminência.
O Castelo Monástico inicial iria transformar-se, face às alterações sócio-políticas entretanto ocorridas em fortificação condal e depois real, assumindo progressivamente uma relevância interregional.
Na construção dessas Muralhas, manteve-se a divisão então existente entre as duas portas da vila. A da encosta, dominada pelo Castelo Roqueiro e dedicada ao “ Anjo São Miguel “, que as separava um corpo de Muralha transversal, com uma porta, denominada de “ Santa Bárbara “ que fazia a ligação entre as duas freguesias, que D. João I teria mandado apear na sequência de uma espera de dois meses, junto a esse muro, até conseguir dominar o alcaide rebelde, por ocasião do referido cerco de 1385. Este muro teria os seus terminais, a leste, na chamada Porta da Freiria e a oeste, na Porta de Nossa Senhora da Graça, ou de Santa Luzia.
Para terminar, um escritor de seu nome Alberto Vieira Braga, no seu livro que se intitula Curiosidades de Guimarães dá-nos impressionantes informações sobre as demolições que a partir dessa época se verificaram, a começar pela Torre de Nossa Senhora da Piedade, aplicando-se o produto da sua pedra para o refazimento das obras e também para as águas, seus aquedutos e para uma bomba para evitar os incêndios.
The Walls of Guimarães were ordered to build for the Countess Mumadona Dias, widow of the Count Hermenegildo Mendes. Between the years of 950 up to 959 there would be given the inaugural step of the future formation while having told to raise a double Monastery “ In Loco Predicto Villa Vocinate Vimanares ”. This Monastery would be installed in his Thursday of Vimaranes, near the road of Shackle, Lamego, Inhabitant of Coimbra in whom it would be she own finding that one local "convinhável"; neighbor of the palace whom there it had and with the location that today corresponds to the Church of Our Lady of Olive tree.
Citânia de Briteiros……….uma História a descobrir
É um espaço agradável bem tratado, belo, bastante arborizado e misterioso.
Talking about Citânia is in reality to talk about a truly wonder. It’s a pleasant, well preserved, well wooded and mysterious place.
Panoramic view of the mountain where Citânia de Briteiros is located.
As many other Castros (fortified hill towns) that of Citânia de Briteiros is located in a lofty place (higher place) to theRiver Ave.
Ficamos a saber que a Citânia é uma imensidão de 23 hectares dos quais só 7 hectares estão explorados.
We learned that Citânia de Briteiros is a vast area of 23 hectares, but only 7 are explored.
Alive Citânia (Recreation of the traditions of the early people of Citânia de Briteiros)
Woman separating the corn from the maize and mowing it.
Castelo de Guimarães
A construção do Castelo deve-se à Condessa Mumadona para se defender das invasões dos bárbaros. As datas da sua construção são pouco precisas, mas os historiadores supõem que o monumento mais medieval que a cidade possui terá sido erguido entre os anos de 959 a 968. Todo o cinto de muralhas e as suas torres laterais são obra do período em que o Conde D. Henrique (pai de D. Afonso Henriques) governava o condado Portucalense.
Paços dos Duques de Bragança
Este monumento foi construído em duas fases distintas, a primeira entre 1420 a 1438, já a segunda foi construída após o falecimento do primeiro Duque de Bragança, D. Afonso em 1461. O Paço dos Duques de Bragança foi um dos monumentos mais singulares da arquitectura civil Portuguesa da Idade Média, revelando ao mesmo tempo o poder e a riqueza da mais importante casa senhorial da sua época.
O Paço dos Duques de Bragança foi essencialmente habitado durante o século XV. Na centúria seguinte assistiu-se a um progressivo abandono e uma consequente ruína, motivada por factores políticos, económicos que se agravou no século XX.
Este estado de degradação não foi impedimento, que no início do século XIX, fossem feitas alterações com influências arquitectónicas da Idade Média.
Posteriormente, já no século XX entre 1937 a 1959 o Paço sofreu alterações de restauro sobre a orientação Rogério de Azevedo.Tudo começou quando Salazar visitou a cidade de Guimarães em 1933 e ficou maravilhado com a Casa de Bragança pois, ela nessa altura funcionava como Quartel Militar, então decidiu devolver à cidade a sua dignidade histórica e como primeira medida mandou retirar os militares do Paço com propósito de tornar como Presidência da República Portuguesa.
Salazar mandou o arquitecto Rogério Azevedo estudar a história do Paço e recuperar, tal como ele havia sido após a segunda construção. O arquitecto empenhou-se a fundo colocando os melhores técnicos a trabalhar para ele.
A recuperação dos Paços dos duques de Bragança foi inaugurada em 24 de Junho de 1959 tal como se encontra hoje. A recuperação prolongou-se durante 22 anos.
Após o restauro o Paço dos Duques de Bragança funciona como museu.
O Paço encontra-se classificado como Monumento Nacional desde 1910. Actualmente, é um serviço independente do Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR).
Salazar ordered the architect Rogério Azevedo to study the history of the Paço and to reconstruct it as it had been after the second construction. The architect was deeply motivated and placed its best technicians to work for him.
Paços dos Duques de Bragança was inaugurated in 24 of June of 1959 as we find it today. The recovery lasted 22 years.
After the reconstruction Paço dos Duques de Bragança functions as a museum.
The Paço is classified a National Monument since 1910. Currently, it is an independent service of the Portuguese Institute of Património Arquitectónico (IPPAR).
In Guimarães the Paço exists where the Duques de Bragança had lived. It is a symbol of the Portuguese nationality with a very rich history.
This monument was constructed in two distinct phases, the first one in 1420 and the second in 1438, when D. Afonso was already dead, the first Duque de Bragança. The Paço dos Duques de Bragança is one of the most singular monument of the Portuguese civil architecture of the Middle Age. It reveals the power and the wealth of the most important manor houses of that time.
The Paço dos Duques de Bragança was essentially inhabited during XV century. In the following century it was gradually abandoned and its consequent ruin motivated by politic, economic factors that were aggravated in XX century.
This state of degradation was not an obstacle for modifications with architectonic influences of the Middle Ages.
Later in the XX century from 1937 to 1959 the Paço suffered alterations from reconstruction on the orientation of Rogério de Azevedo.
Onde Ficar
Hotel Guimarães
Rua Eduardo Almeida Apartado 189 4801-901 Guimarães Tlf.: (+351) 253 424 800
Hotel Fundador
Avenida Dom Afonso Henriques 4810-431 Guimarães Tlf.: (+351) 253 422 640
Hotel do Toural
Largo António Leite de Carvalho, s/n, 4800-153 Guimarães Tlf.: (+351) 253 517 149
Villa Hotel
Avenida Dom João IV, 631 4810-532 Guimarães Tlf.: (+351) 213 300 541
Pousada Santa Marinha
Largo Domingos Leite de Castro 4810-011 Guimarães Tlf.: (+351) 253 511 249
Pousada de Oliveira
Rua Santa Maria de Oliveira 4800 Guimarães Tlf.: (+351) 253 514 157
Pousada da Juventude de Guimarães
Largo do Cidade, 8 4810-430 Guimarães Tlf: (+351) 253 421 380
Campismo da Nossa Senhora da Penha
Restaurantes em Guimarães
Restaurante Valdonas
Morada: Rua Val Donas, nº 4
4800 – 476, Guimarães
Restaurante Nora Zé da curva
Morada: Rua, Rainha D.Maria II 125/9
4800-431, Guimarães
Restaurante Oriental
Morada: largo do Toural
4810-427, Guimarães
Restaurante D. José
Morada: Rua Nossa Senhora da Penha
4810-031, Guimarães
Restaurante do Arco
Morada: Rua D. Maria, 48/50
4810-248, Guimarães
Restaurante Montanha
Morada: Rua Nossa Senhora da Penha
4810-103, Guimarães
Cervejaria Martins
Morada: Largo Toural
4810-427, Guimarães
Gastronomia
Para acompanhar estes pitéus os nossos vinhos verdes brancos e tintos, que avivam todos os sabores da nossa gastronomia.
No final da refeição sugerimos que prove as nossas iguarias Vimaranenses são elas:Bom Apetite !!!
Festas Nicolinas - Festa dos Estudantes de Guimarães
Festividades de Guimarães
Locais a visitar
Também conhecida por ser o “berço da nacionalidade”, porque foi a partir daqui que D. Afonso Henriques encetou a conquista de Portugal aos Mouros.
Os “Vimaranenses” são orgulhosamente tratados por “Conquistadores”, fruto dessa herança histórica de conquista iniciada precisamente em Guimarães.
Locais a visitar
Guimarães tem muitos lugares para se visitar. É uma cidade com diversos monumentos históricos e contemporâneos.
Deixamos aqui uma selecção a visitar:
- Capela de S.Miguel – Colina Sagrada
- Muralha da Cidade – Avenida Alberto Sampaio
- Antigos Paços do Concelho – Largo da Oliveira
- Padrão do Salado – Largo da Oliveira
- Igreja da Oliveira – Largo da Oliveira
- Igreja de S. Francisco – Alameda de S. Dâmaso
- Igreja de S. Pedro – Largo do Toural
- Igreja de S. Dâmaso – Rua D. Mafalda
- Igreja e Convento das Dominicas – Rua Da Liberdade
- Igreja da Misericórdia – Rua da Rainha
- Convento Santa Marinha da Costa – Largo Domingos Leite Castro
- Convento de Santa Clara – Largo Cónego José Maria Gomes
- Mosteiro de S. Torcato – S. Torcato
- Museu Alberto Sampaio – Rua Alfredo Guimarães
- Museu Martins Sarmento – Rua Paio Galvão
- Centro Cultural Vila Flor – Av. D. Afonso Henriques
- Largo da Oliveira
- Largo do Toural
- Praça de Santiago
- Rua de Santa Maria
Existem outros locais de interesse público, desde as várias praças do centro histórico (intra-muros), a arquitectura das casas, … melhor mesmo é visitar e tirarem as próprias conclusões.